Pular para o conteúdo principal

CARTA AOS LEITORES



Caros leitores, quem são meus leitores? Não sei. Curioso; este mês estou com média de 37 visualizações ao dia, (apenas de Julho para cá já conto mais de três mil visitas), porém não há quase comentários em meus textos. Tudo bem; não sou famoso mesmo. Se eu fosse um sujeito famoso eu provavelmente teria mais comentaristas que visualizadores. E se eu fosse um sujeito famoso provavelmente eu não escreveria das coisas que escrevo, nem da maneira como escrevo, pois viriam os críticos, viriam empregadores, viriam bajuladores, invejosos, em fim, viria uma grande quantidade de pessoas que não vêm, e causariam as mais variadas influências sobre o que escrevo e eu correria o risco até mesmo de ter minha fama exorbitando minha cabeça, me transformando em algo menos espontâneo, menos livre, mais enquadrado, por assim dizer. Mediante este raciocínio que acabo de expor digo: “santo e sagrado é o leitor que vem, lê, não comenta, e volta para ler mais!” Postarei mais poesias para você, pois notei que possui um gosto para minha poesia: é que as poesias são as minhas maiores causadoras de visualizações; e olhe que sequer sou poeta. Quando o artista britânico, Lucian Freud, decidiu convidar a funcionária pública, Sue Tilley, para posar para um quadro em 1995, obvio que não pensou no que as pessoas achariam de sua obra. Afinal sua atitude era contraria as tendências de estética, que, naquele momento, assim como hoje, ditavam a hegemonia da raça raquítica desnutrida. E veja o resultado.
É possível que seu quadro tenha sido arrematado por mais de R$ 56 milhões na Christie’s de Nova York, em maio de 2008. Seria esta a obra mais cara de todos os tempos vendida por um artista em vida. Big Sul recebeu apenas R$66 por dia, além de belos almoços, e o prazer da convivência agradável com o artista. Veja quanta simplicidade há quando se produz com liberdade. Gosto de você, leitor, mesmo sem saber bem ao certo quem você é (esta frase é para ser lida com a voz do Cid Moreira em mente. Ok?)! Então vamos lá; agora com a voz do Cid Moreira: Gosto de você... leitor... mesmo sem saber bem ao certo quem você é...!

(foto do quadro de Lucian Freud: BBCBrasil.com)


Obs. Não deixe de ler, logo abaixo, o conto “O Céu De Anabela”. Deixe seu comentário.

Comentários

  1. kkk, mais verdadeiro seria impossível! É na liberdade e na simplicidade que reside a força! Mto esclarecedor, e para não dizer que deixei comentários ficam dois! Abrassss, do seu amigo TOM Galego!

    ResponderExcluir
  2. Obrigado Tom! Não se esqueça desse seu amigo que escreve justamente para isso; para saber qual efeito alcançou meu texto nas pessoas que lêem. Abraço!

    ResponderExcluir
  3. Esse foi o pedido mais sincero que eu já vi...seus textos são fodas! E obrigado por prestigiar meu blog!

    ResponderExcluir
  4. Obrigado, obrigado, obrigado, amigo. Eu sou quem agradece por sua visita e comentário.

    ResponderExcluir
  5. Grande Jehf..., mais que um poeta...., um POETERO!
    Parabéns pelos textos, como sempre!!!!

    ResponderExcluir
  6. Alô ocê, Alô ocê! Chegaaaaaando. É sô ieu memo! Ofensivo-pot-Natureza postou, postou mais uma nova tira, é verdadi, má muita verdadi MEEESMO! É claro que eu, eu estou esperando por VOCÊ...pra dá uma olhada...[BURP]...no blog. É hora de comentar, comentar ou...comentar de vez. Agora é hora de pensar no endereço...endereço...Ofensivo por Natureza, com novas tirinhas, é logo aqui: http://ofensivopornatureza.blogspot.com/

    ResponderExcluir
  7. Obrigado pela visita e pelo convite! Estou indo. Fui. Estou chegando, chegando...

    ResponderExcluir
  8. Oi,Jeph...
    Vim retribuir sua visita,passei mais de uma hora lendo textos seus,alguns deles deliciosos.
    Voltarei, com certeza...e comentarei(rs),mesmo porque comigo ocorre o mesmo.Tenho muitas visitas e poucos comentários.
    Surpreedentemente,recebo,às vezes,emails longos, carinhosos,reflexivos,carinhosos.Adoro recebê-los e responder,também.

    bjs

    ResponderExcluir
  9. Gostou? Por favor, comente os deliciosos; eu adoraria saber quais foram. Quero retornar ao seu blog muitas vezes também. Se acaso ver esta resposta, deixe o link aqui.
    Obrigado e beijo para você também!

    ResponderExcluir
  10. Obrigada.. Eu Gostei do seu texto =)

    Serei uma leitora que voltará e eventualmente deixando uns comentários!

    ResponderExcluir
  11. Obrigado, Winkle! Espero que goste de outros.
    Abraço!

    ResponderExcluir
  12. Senhor Jefhcardoso,
    Valeu pelo comentário! ;)
    Ah! E nem preciso falar que já virei freguês do seu blog, né? Muito bom.
    Qualquer dia passa lá no http://paredesentrequatro.blogspot.com/
    Será sempre muito bem-vindo!
    Abração!

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Comente. É isso que o autor espera de você, leitor.

Postagens mais visitadas deste blog

Cartas a Tás (20 de 60)

Ituverava, 30 de junho de 2009 Aqui estamos, Tás. Eu e essa simpatia que é Lucília Junqueira de Almeida Prado, autora de mais de 65 livros publicados, capaz de recitar poemas de sua autoria compostos com cantigas de roça, bem como poemas de Cora Coralina, feito uma menina sobre o palco. Estive novamente na feira do livro, engoli meu orgulho de vez e abracei a causa. Fui lá não para vingar-me, com críticas sobre o fabuloso evento, nutridas por minha derrota no prêmio Cora Coralina, mas sim, para divulgar a campanha Cartas a Tás, que agora ganhou um slogan; “Restitua a cidadania do menino encardido que ficou famoso e apátrida”. Tás, você é de Ituverava e Ituverava é sua, irmão. Espero que aprove, meu mestre, pois para servir nesta batalha tive que ser um bom perdedor. E não é bom perder, isso aprendemos nos primeiros anos de existência, acho até que já nascemos com este instinto, pois quando uma criança toma por força algum objeto que por ventura esteja em nossa posse, qual menino não se

O Verbo Blogar

O Blog, á nossa maneira, á maneira do blogueiro amador, blogueiro por amor, não dá dinheiro; mas dá prazer. Isso sim. Quando bem trabalhado dá muito prazer. Quando elaboramos uma postagem nos percorre os sentidos uma onda de alegria. Somos tomados por uma euforia pueril. Tornamo-nos escritores ou escritoras que “parem” seus filhos; tornamo-nos editores; ou produtores; ou mesmo jornalistas, ainda que não o sejamos; tornamo-nos poetas e poetisas; contistas e cronistas; romancistas; críticos até. Queremos compartilhar o quanto antes aquilo que criamos. Criar é uma parte deliciosa do “blogar”; e blogar é a expressão máxima da democratização literária – e os profissionais que não façam caretas, pois, se somarmos todos os leitores de blog que há por aí divididos fraternalmente entre os milhões de blogs espalhados pelo grande mundo virtual, teremos mais leitores que Dan Brown e muitos clássicos adormecidos sob muitos quilos de poeira. Postar é tudo de bom! Quando recebemos comentários o praze

O Cavaleiro Da Triste Figura

Há algum tempo que conheci um descendente do Cavaleiro da Triste Figura. Certamente que era da família dos Quesada ou Quijada; sem dúvida que o era; se rijo de compleição, naquele momento, como fora seu ancestral, eu duvido; porém, certo que era seco de carnes, enxuto de rosto e triste; e como era triste a figura daquele cavaleiro que conhecí! Parecia imensamente distante dos dias de andanças, de aventuras e de bravuras; se é que algum dia honrou a tradição do legado do tio da Mancha. Assemelhava-se a perfeita imagem que se possa configurar do fim. O homem contava mais de 80 anos por aquela ocasião. Era um tipo longilíneo, de braços, pernas e tórax compridos, tal qual me pareceu e ficou gravada das gravuras a figura do Cavaleiro da Triste Figura. Seu rosto longo, de tão retas e verticais as linhas, parecia ter sido esculpido em madeira, entalhado. Um nariz longo descendo do meio de uns olhos pequenos postos sob umas sobrancelhas caídas e ralas, dando aí o ar de grande tristeza que me c