Pular para o conteúdo principal

Cartas a Tás (25 de 60)

Ituverava, 08 de julho de 2009.

Vejo que enaltece alguns comentaristas de seu blog e que lhes tributa a salvação de seu dia. Mas o que dizer de quem se dedica a você em tempo integral? Não vejo um comentário seu nas minhas famosas Cartas a Tás, amigo conterrâneo. Quero ver como será quando eu for mais conhecido que o Jackson e mostrar para mídia o desprezo com que tratou minha figura, meu empenho.
Sei que tenho sido ausente nos últimos dias, e se for para ser sincero, temo lhe magoar. É que enjoei um pouco de falar com você sem receber resposta. Sei que vai dizer que bastou eu conhecer gente importante para diminuir meu apreço pelo conterrâneo, mas não é nada disso. Na verdade não abandonei o meu firme propósito, apenas estou tomando fôlego, uma vez que, é cansativo falar contigo, como é cansativo falar com uma porta fechada.
Quem lhe mandou um abraço foi o Magrão. O cara continua o mesmo galhofeiro de sempre. Perguntou se você criou tipo de gente, perguntou também se agora você toma banho regularmente, e se parou de consumir crecas de nariz. Veja que disparate! Disse que pretende lhe fazer uma visitinha aí em Sampa.
Estou lhe enviando uma foto que tirei junto com o cara. Espero que mate um pouco da saudade, amigo.
(Na foto eu e Magrão lhe mandando um abraço, Tas)

Comentários

Postar um comentário

Comente. É isso que o autor espera de você, leitor.

Postagens mais visitadas deste blog

Cartas a Tás (20 de 60)

Ituverava, 30 de junho de 2009 Aqui estamos, Tás. Eu e essa simpatia que é Lucília Junqueira de Almeida Prado, autora de mais de 65 livros publicados, capaz de recitar poemas de sua autoria compostos com cantigas de roça, bem como poemas de Cora Coralina, feito uma menina sobre o palco. Estive novamente na feira do livro, engoli meu orgulho de vez e abracei a causa. Fui lá não para vingar-me, com críticas sobre o fabuloso evento, nutridas por minha derrota no prêmio Cora Coralina, mas sim, para divulgar a campanha Cartas a Tás, que agora ganhou um slogan; “Restitua a cidadania do menino encardido que ficou famoso e apátrida”. Tás, você é de Ituverava e Ituverava é sua, irmão. Espero que aprove, meu mestre, pois para servir nesta batalha tive que ser um bom perdedor. E não é bom perder, isso aprendemos nos primeiros anos de existência, acho até que já nascemos com este instinto, pois quando uma criança toma por força algum objeto que por ventura esteja em nossa posse, qual menino não se

O Verbo Blogar

O Blog, á nossa maneira, á maneira do blogueiro amador, blogueiro por amor, não dá dinheiro; mas dá prazer. Isso sim. Quando bem trabalhado dá muito prazer. Quando elaboramos uma postagem nos percorre os sentidos uma onda de alegria. Somos tomados por uma euforia pueril. Tornamo-nos escritores ou escritoras que “parem” seus filhos; tornamo-nos editores; ou produtores; ou mesmo jornalistas, ainda que não o sejamos; tornamo-nos poetas e poetisas; contistas e cronistas; romancistas; críticos até. Queremos compartilhar o quanto antes aquilo que criamos. Criar é uma parte deliciosa do “blogar”; e blogar é a expressão máxima da democratização literária – e os profissionais que não façam caretas, pois, se somarmos todos os leitores de blog que há por aí divididos fraternalmente entre os milhões de blogs espalhados pelo grande mundo virtual, teremos mais leitores que Dan Brown e muitos clássicos adormecidos sob muitos quilos de poeira. Postar é tudo de bom! Quando recebemos comentários o praze

O Cavaleiro Da Triste Figura

Há algum tempo que conheci um descendente do Cavaleiro da Triste Figura. Certamente que era da família dos Quesada ou Quijada; sem dúvida que o era; se rijo de compleição, naquele momento, como fora seu ancestral, eu duvido; porém, certo que era seco de carnes, enxuto de rosto e triste; e como era triste a figura daquele cavaleiro que conhecí! Parecia imensamente distante dos dias de andanças, de aventuras e de bravuras; se é que algum dia honrou a tradição do legado do tio da Mancha. Assemelhava-se a perfeita imagem que se possa configurar do fim. O homem contava mais de 80 anos por aquela ocasião. Era um tipo longilíneo, de braços, pernas e tórax compridos, tal qual me pareceu e ficou gravada das gravuras a figura do Cavaleiro da Triste Figura. Seu rosto longo, de tão retas e verticais as linhas, parecia ter sido esculpido em madeira, entalhado. Um nariz longo descendo do meio de uns olhos pequenos postos sob umas sobrancelhas caídas e ralas, dando aí o ar de grande tristeza que me c