Seja bem-vindo, Corinthians!!!
O torcedor de futebol é antes de tudo, um fingidor de emoções, uma vez que “finge odiar o maior rival”, que na verdade lhe serva para as mais exaltadas emoções. Veja o exemplo da maior rivalidade paulistana, que brigam feito dois irmãos; também pudera, são filhos da mesma mãe, a capital; são como Caim e Abel, numa eterna alternância de papéis; hora um assume um Caim vigoroso e noutra hora o mesmo é sujeito à queda de um frágil Abel, e vice-versa, num constante ciclo de morte e ressurreição.
Quando o assunto é futebol são duas as razões de emoção, que são: torcer pelo sucesso de seu time e pelo fracasso dos outros, porém, anote aí, entre todos os outros, você elege o seu preferido ao fracasso, e é justamente aí que mora o adultério de sua relação futebolística. Nesse momento o palmeirense por exemplo, veste qualquer camisa pelo gosto do fracasso corintiano.
Um homem ao amar uma mulher, pó ventura ele passa a odiar todas demais? Se usar de sinceridade há de admitir que todas as outras ainda gozam de sua simpatia, e até de certa admiração, e é essa a natureza, o destino, nascer homem e assim o ser.
Agora imagine você eleger entre todas as outras, uma para concentrar todo seu ódio, não seria meio suspeito você procurar essa “tão detestável”, sempre que houver uma oportunidade, só para dar uma “secadinha”, às vezes de 90 minutos, isso quando não há acréscimos, e quanto as suas emoções exaltadas a cada lance da “odiada”!?
Cá entre nós, isso não deixaria, assim, um clima meio estranho entre você e sua companheira?
Pois bem, torcedor de futebol, palmeirense como eu, vamos assumir logo nossa paixão corintiana, verdade que desde o dia em que selamos laços com o matrimônio da bola, carregamos duas paixões: uma licita, perfeitamente aceitável nos padrões sociais e outra ilícita, cheia de concupiscências. Se você ainda reluta em aceitar estas verdades, eu já não mais farei segredo, é isso: volte Corinthians, volte para esta casa que também lhe pertence, volte pois lhe esperamos com saudades de triunfar sobre você muitas vezes! E não se ausente por mais tempo, pois sem você a casa fica vazia. Quanto ao nosso irmão caçula, São Paulo, ele é esforçado, tem alcançado grandes feitos, mas no máximo nos desperta uma “invejazinha”, sentimento pouco carregado para os apaixonados da bola; na família de Adão, no máximo chega a ser o Sete, mas apesar de seus grandes feitos, quem é Sete para roubar a cena na história de Caim e Abel?
*
Obs.: Esta foi minha primeira publicação em uma coluna de um jornal, por isso a postei aqui como texto inaugural de meu blog. A paixão por futebol é algo intrínseco de meu ser, porém possuo diversas paixões.
Obs. II: Mais uma coisa: sou palmeirense desde sempre.
O torcedor de futebol é antes de tudo, um fingidor de emoções, uma vez que “finge odiar o maior rival”, que na verdade lhe serva para as mais exaltadas emoções. Veja o exemplo da maior rivalidade paulistana, que brigam feito dois irmãos; também pudera, são filhos da mesma mãe, a capital; são como Caim e Abel, numa eterna alternância de papéis; hora um assume um Caim vigoroso e noutra hora o mesmo é sujeito à queda de um frágil Abel, e vice-versa, num constante ciclo de morte e ressurreição.
Quando o assunto é futebol são duas as razões de emoção, que são: torcer pelo sucesso de seu time e pelo fracasso dos outros, porém, anote aí, entre todos os outros, você elege o seu preferido ao fracasso, e é justamente aí que mora o adultério de sua relação futebolística. Nesse momento o palmeirense por exemplo, veste qualquer camisa pelo gosto do fracasso corintiano.
Um homem ao amar uma mulher, pó ventura ele passa a odiar todas demais? Se usar de sinceridade há de admitir que todas as outras ainda gozam de sua simpatia, e até de certa admiração, e é essa a natureza, o destino, nascer homem e assim o ser.
Agora imagine você eleger entre todas as outras, uma para concentrar todo seu ódio, não seria meio suspeito você procurar essa “tão detestável”, sempre que houver uma oportunidade, só para dar uma “secadinha”, às vezes de 90 minutos, isso quando não há acréscimos, e quanto as suas emoções exaltadas a cada lance da “odiada”!?
Cá entre nós, isso não deixaria, assim, um clima meio estranho entre você e sua companheira?
Pois bem, torcedor de futebol, palmeirense como eu, vamos assumir logo nossa paixão corintiana, verdade que desde o dia em que selamos laços com o matrimônio da bola, carregamos duas paixões: uma licita, perfeitamente aceitável nos padrões sociais e outra ilícita, cheia de concupiscências. Se você ainda reluta em aceitar estas verdades, eu já não mais farei segredo, é isso: volte Corinthians, volte para esta casa que também lhe pertence, volte pois lhe esperamos com saudades de triunfar sobre você muitas vezes! E não se ausente por mais tempo, pois sem você a casa fica vazia. Quanto ao nosso irmão caçula, São Paulo, ele é esforçado, tem alcançado grandes feitos, mas no máximo nos desperta uma “invejazinha”, sentimento pouco carregado para os apaixonados da bola; na família de Adão, no máximo chega a ser o Sete, mas apesar de seus grandes feitos, quem é Sete para roubar a cena na história de Caim e Abel?
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Obs.: Esta foi minha primeira publicação em uma coluna de um jornal, por isso a postei aqui como texto inaugural de meu blog. A paixão por futebol é algo intrínseco de meu ser, porém possuo diversas paixões.
Obs. II: Mais uma coisa: sou palmeirense desde sempre.
Não gosto de futebol (embora Mano e Felipão habitem meus sonhos libidinosos) e vim conhecer de tudo um pouco deste blog tão seguido! Costumo tentar ver a raiz, onde tudo começou, por isso este comentário no primeiro post. Li bastante coisa, gostei de bastante coisa! Beijão!
ResponderExcluirRapaz acabei de descobrir que sou apaixonada pelo 'curintia' (quando na vida pensei que iria dizer isso kkkk). Meu mengão sempre, mas a raiva que cultivo pelo timão, é bem essa descrita no texto. Sempre dou um jeitinho de 'secar' um jogo. Ótimo texto. ;D
ResponderExcluirEdu, muito bom que tenha vindo, cara. Abraço!
ResponderExcluirEmanuella, você viu só o que eu disse? Esse foi meu primeiro texto publicado como cronista em um jornal oficial de minha cidade. Obrigado por vir aqui, linda. Um grande abraço!
Nem sei como viví até hj sem o seu blog!
ResponderExcluirVim correndinho ver como tudo começou!
bjs da Fafah